quarta-feira, 1 de abril de 2020

OS MITOS DE ORIGEM - 6º ANO

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO FRANCISCO LECHINOSKI - 6º ANOS "A" E "B"


Olá caros alunos, nesta aula faremos uma revisão do conteúdo "OS MITOS DE ORIGEM" que tivemos em sala de aula de forma presencial.

No final dos textos e dos vídeos tem um link para a ATIVIDADE AVALIATIVA, é só clicar e responder.


Para eu saber que todos leram o conteúdo, viram o vídeo e realizaram a atividade deixem seu "NOME COMPLETO", "TURMA" e a palavra "PRESENTE" nos "COMENTÁRIOS".

                   EX: Tiago Rodrigo Bueno - 6º ANO A - PRESENTE

Nos comentários irei também tirar dúvidas sobre o conteúdo. Irei responder na medida do possível.




BONS ESTUDOS!!!

 OS MITOS DE ORIGEM 


As culturas religiosas do mundo todo se desenvolvem por meio da linguagem simbólica, que transmite por meio de seus mitos ensinamentos fundamentais, e que se traduzem na poética do corpo, por meio dos rituais.
As tradições religiosas se valem de suas histórias sagradas para transmitir mensagens profundas aos seus seguidores, nelas muitos segredos são revelados em parte, mantendo assim a sua parcela de mistério.
Na busca pela totalidade, pela integração, os mitos religiosos cumprem um papel fundamental, eles organizam e apresentam aos seres humanos possibilidades de superação, e de maior contato consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com o sagrado.
Pelos mitos as pessoas se aproximam do mistério. É por esta perspectiva que compreendemos o mito, no contexto das religiões. O mito religioso é a expressão verbal do mistério, este guarda e ao mesmo tempo revela conhecimentos sagrados. Ele é essencialmente simbólico e cumpre a tarefa de enviar mensagens que atingem os planos conscientes e inconscientes dos seres humanos.
O mito organiza entendimentos de mundo e fornece a inspiração necessária para dar sentido para a vida e conduzi-la conforme um plano, muitas vezes, considerado divino.
Os mitos também favorecem o fortalecimento dos laços de uma comunidade, pois oportuniza que as pessoas vivenciem as mesmas compreensões de vida e de mundo o que unifica o grupo despertando sentimentos e desejos compartilhados por todos. Assim, os mitos atuam profundamente tanto no indivíduo quanto no grupo.
Concluímos que uma das tarefas principais do mito é fornecer apoio e motivar o indivíduo a participar de uma vida mais ampla e plena de sentido.
O mito de origem mais conhecido entre nós, por influência da cultura judaico-cristã, é o narrado na Bíblia, que afirma que as pessoas foram criadas “a imagem e semelhança do Criador”, porém as demais tradições também têm seus mitos de origem.
Histórias Bíblicas - Adão e Eva - Conhecimentos do Pai
ADÃO E EVA

ALGUNS MITOS DE ORIGEM

Matriz africana

Na mitologia yorubá, o Deus Supremo é Olorum, chamado também de Olodumare, na qualidade de criador de tudo o que existe. Olorum criou o mundo, todas as águas, terras, todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.
Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida. (Texto adaptado do site: Santuário dos orixás.).
O tal do Vodu (Vudu, Voodoo) Gnóstico | O Pensamento Voa!

Hinduísmo

Conta um mito hinduístas que assim como um homem solitário e infeliz, Deus também se sentia sozinho e queria uma companhia. Como ele era tão grande quanto um homem e uma mulher juntos, pode se dividir em dois. Foi assim que nasceu o marido e a esposa.
Deus disse: - O homem é só metade; sua esposa é a outra metade.
Eles se uniram e a humanidade nasceu.
Então a mulher pensou: já que ela e o homem vinham do corpo do mesmo Deus, iria se esconder, e se transformou em vaca, ele logo se transformou em touro e foi assim que nasceu o gado.
Então ela se tornou numa égua, e ele rapidamente se transformou num garanhão; ela se tornou uma jumenta, ele um jumento; assim eles se uniram e deles nasceram os adoráveis animais que possuem casco. Depois ela se tornou uma cabra e ele um bode e tiveram graciosos cabritinhos. E, então, se tornou uma ovelha e ele um carneiro; eles se uniram e as ovelhinhas nasceram.
Vejam só, dessa forma tudo foi criado do corpo de Deus, macho e fêmea em todas as suas formas de vida.
Como você percebeu, o hinduísmo vê o sagrado se manifestando na forma feminina e masculina. A Deusa Laksmi é considerada esposa do Deus Vishnu, aquele que sustenta e mantém o universo.
Ela representa a beleza, a riqueza material e espiritual, bem como a generosidade. Geralmente ela é representada de pé ou sentada sobre uma flor de lótus desabrochada, segura em duas de suas mãos flores de lótus, e das outras duas caem moedas de ouro.

Hinduísmo |

TRADIÇÃO INDÍGENA


Monã criou o céu, a terra, os pássaros e todos os animais. Antes não havia mar, que surgiu depois, formado por Amaná Tupã, o Senhor das nuvens.
Os homens habitavam a Terra, vivendo do que ela produzia, regada pelas águas dos céus. Com o tempo, passaram a viver desordenadamente segundo seus desejos, esquecendo-se de Monã e de tudo que lhes ensinara.
Nesse tempo Monã vivia entre eles e os tinha como filhos. No entanto, Monã, vendo a ingratidão e a maldade dos homens, apesar de seu amor, os abandonou, e à Terra também. Depois lhes mandou tatá, o fogo, que queimou e destruiu tudo. O incêndio foi tão imenso, que algumas partes da superfície se levantaram, enquanto outras foram rebaixadas. Desta forma surgiram as montanhas.
Deste grande incêndio se salvou apenas uma pessoa, Irin-Magé, porque foi levado para a Terra de Monã. Depois dessa catástrofe, Irin-Magé dirigiu-se a Monã e, com lágrimas, o questionou:
- Você, meu pai, deseja acabar também com o céu? De que me serve viver sem alguém semelhante a mim?
Monã, cheio de compaixão e arrependido do que fizera por causa da maldade dos homens, mandou uma forte chuva que começou a apagar o incêndio.
Como as águas não tinham mais para onde correr, foram represadas, formando um grande lago, chamado Paraná, que hoje é o mar.
Suas águas até hoje são salgadas, graças às cinzas desse incêndio que com elas se misturaram.
Monã, vendo que a Terra havia ficado novamente bela, enfeitada pelo mar, pelos lagos e com muitas plantas que cresciam por toda parte, achou que seria bom formar outros homens que pudessem cultivá-la.
Chamou então Irin-Magé, dando-lhe uma mulher por companheira para que tivesse filhos, esperando que fossem melhores que os primeiros homens.
Um de seus descendentes era uma pessoa de grande poder e se chamava Maíra-Monã. Maíra quer dizer “o que tem poder de transformar as coisas”, e Monã significa velho, o ancião. Maíra-Monã era imortal e tinha muitos poderes como o primeiro Monã.
Depois que Maíra-Monã voltou para sua Terra, surgiu um descendente muito poderoso, que se chamava Sumé.
Ele teve dois filhos, Tamanduaré e Arikuté, que eram muito diferente um do outro e por isso se odiavam mortalmente.
Tamanduaré era cuidadoso com a casa, era um bom pai de família e gostava de cultivar a terra. Já Arikuté não se preocupava com nada, e passava o tempo fazendo guerra e dominando os povos vizinhos.
Certo dia, voltando de uma batalha, Arikuté trouxe para seu irmão o braço de um inimigo, dizendo-lhe com arrogância:
- Veja lá, seu covarde! Um dia terei sua mulher e seus filhos sob meu poder, pois você não presta nem para se defender!
O pacífico Tamanduaré, atingido no seu orgulho, lhe respondeu:
- Já que você é tão valente, em vez de trazer apenas um braço, por que não trouxe o inimigo inteiro?
Arikuté, irritado com aquela resposta, jogou o braço contra a casa de seu irmão e naquele instante, toda a aldeia foi levada para o céu, ficando na Terra apenas os dois irmãos com suas famílias.
Vendo isso, Tamanduaré, por indignação ou por desprezo, começou a golpear a Terra com tanta força que acabou fazendo surgir uma fonte de água, a qual não parava mais de jorrar. Jorrou tão forte e por tanto tempo que chegou até as nuvens, iniciando uma grande inundação.
Para fugir desse novo dilúvio, os dois irmãos, com suas mulheres, refugiaram-se na montanha mais alta da região. Tamanduaré subiu numa palmeira com uma das suas mulheres, e Arikuté subiu no jenipapeiro com sua esposa, permanecendo lá até as águas diminuírem.Com essa inundação, todos os homens e animais morreram.
Quando as águas abaixaram, os dois casais desceram das árvores e voltaram a povoar a Terra, mas cada família foi viver numa região distante.
Os Tupinambá descendentes de Arikuté são grupos rivais, até hoje, por essa razão. (Mito extraído do livro de Benedito Antônio Genofre Prezia (2001, p. 15-16).
Tradução adaptada pelo autor do mito recolhido por Fr. André Thevet,entre os Tupinambá do Rio de Janeiro, em 1565).

Palestras comemoram o Dia dos Povos Indígenas na UNINASSAU | UNINASSAU


 VÍDEOS SOBRE A AULA: 

Mito da criação do mundo segundo o Cristianismo


Mito da criação do mundo segundo a tradição Indígena


Mito da criação do mundo segundo a Matriz Africana



ATIVIDADE AVALIATIVA 
(acesse o link abaixo para realizar a atividade)

https://forms.gle/mDyMynKSf6F2JkRT6

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